5ª MOSTRA DE CINEMA ÁRABE FEMININO TRAZ SESSÕES GRATUITAS INÉDITAS AO BRASIL E MASTERCLASS ONLINE

Evento exibe filmes em Recife (13 a 17/08) e no Rio de Janeiro, Niterói e Duque de Caxias(22 a 30/08), além de masterclass online aberta para todo o Brasil




Chegando à sua quinta edição, a MOSTRA DE CINEMA ÁRABE FEMININO propõe uma reflexão crítica sobre as imagens como arquivos vivos da História, reunindo filmes que dialogam com temas urgentes e afetos compartilhados em tempos de massacres. 

“Em um contexto marcado pela violência extrema orquestrada por Israel contra o povo palestino e pela tentativa de silenciamento institucional do horror, a Mostra se afirma como espaço de resistência e solidariedade através do cinema”, explicam as curadoras da mostra, Alia Ayman, Analu Bambirra e Carol Almeida.

A MOSTRA DE CINEMA ÁRABE FEMININO apresenta uma programação inédita e gratuita nas cidades do Recife (de 13 a 17 de agosto) e do Rio de Janeiro, incluindo Niterói e Duque de Caxias (de 22 a 30 de agosto). Em Recife, as exibições acontecem na Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ Derby) e no Cine São Luiz, enquanto no estado do Rio de Janeiro, a programação ocupa o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB RJ), o Cine Arte UFF, a FEBF/UERJ e escolas públicas parceiras. 

O evento promove exibições de filmes, mesas redondas, sessões comentadas, sessões exclusivas com alunos, uma masterclass online com inscrição prévia, aberta a participantes de todo o Brasil, e ministrada pela diretora libanesa Rania Stephan.

Com curadoria de Alia Ayman, Analu Bambirra e Carol Almeida, a Mostra propõe uma reflexão sobre o mundo árabe, trazendo ao público brasileiro filmes majoritariamente inéditos no Brasil. A Mostra também contará com um catálogo especial, disponível nas versões impressa e online, com ensaios exclusivos assinados por Gabriela Souto, Juliana Gusman e Camila Maced.

NEO NAHDA (foto: divulgação)

Pela primeira vez, o evento propõe um diálogo direto entre filmes árabes e brasileiros, em uma costura simbólica de experiências: a iniciativa SOLIDARIEDADE BRASIL-ÁRABE. Por exemplo, em Recife, o filme palestino SLINGSHOT HIP HOP (J. Reem Salloum), que retrata a resistência cultural através do hip hop, será exibido junto ao filme pernambucano SUA MAJESTADE, O PASSINHO (Mannu Costa e Carol Correia), que aborda a força cultural das periferias brasileiras por meio da dança. Ao lado do filme da diretora palestina Mahasen Nasser-Eldin chamado O PROTESTO SILENCIOSO: JERUSALÉM 1929, será exibido o longa O CANTO DAS MARGARIDAS, do coletivo Mulheres do Audiovisual de Pernambuco (Mape). Enquanto que, no Rio de Janeiro, o clássico tunisiano FATMA 75 (Selma Baccar) será exibido com o curta brasileiro A ENTREVISTA (Helena Solberg), conectando lutas feministas em diferentes geografias.

Entre os destaques, podemos citar as exibições inéditas no Brasil dos filmes RAINHAS (Yasmine Benkiran, Marrocos/França, 2022) e SUDÃO, LEMBRE DE NÓS (Hind Meddeb, França, 2024) - este com exibição exclusiva em Recife -, além de sessões especiais com legenda descritiva.

Podemos também citar filmes como A CANÇÃO DA BESTA (Sophia Al-Maria, França/Reino Unido), DANÇANDO A PALESTINA (Lamees Almakkawy, Palestina / Reino Unido) e NEO NAHDA (May Ziadé, Reino Unido), que compõem os cartazes da Mostra, cujas imagens resistem ao apagamento de identidades árabes e a políticas coloniais através da performance, de corpos e de arquivos.

O filme de encerramento nas duas praças, em Recife e Rio de Janeiro, é o UM ESTADO DE DEVOÇÃO (Carol Mansour e Muna Khalidi, Líbano, Palestina, Jordânia, Reino Unido, Kuwait, 2024, 90’), que acompanha o dia-a-dia do cirurgião palestino-britânico Ghassan Abu-Sittah e sua atuação nos hospitais em Gaza, especialmente após outubro de 2023, data que marca o agravamento dos massacres no território.

Uma das novidades desta edição é a masterclass online “O Caminho para o Arquivo”, ministrada pela diretora libanesa Rania Stephan. Ela já teve suas obras exibidas em festivais como o Festival Internacional de Cinema de Locarno e Veneza. Durante a masterclass, ela compartilhará detalhes de sua trajetória e seu processo criativo, abordando como a memória e a montagem cinematográfica podem reconstruir narrativas e ressignificar imagens históricas. O evento exibirá uma gama de obras de sua filmografia, englobando 4 curtas-metragens e o longa-metragem OS TRÊS DESAPARECIMENTOS DE SOAD HOSNI (Líbano, 2011, 70’), que reorganiza dezenas de filmes estrelados pela reconhecida atriz egípcia Soad Hosni de forma a recontar a sua história de vida.

O projeto tem produção da Caprisciana Produções, Carol Almeida e Partisane Filmes; o apoio institucional da Embaixada da França no Brasil, Centro de Artes da UFF, Cine Arte UFF, UERJ e Faculdade de Educação da Baixada Fluminense; o apoio do Cinema da Fundação, Fundação Joaquim Nabuco, Cinema São Luiz e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco; a parceria do Cineclube Mate com Angu, Festival Olhar de Cinema, Editora Tabla e Fazedora de Site; a promoção da Sinny Comunicação; e a realização do Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, Prefeitura do Recife, Secretaria de Cultura do Recife, Fundação de Cultura da Cidade do Recife, através da Política Nacional Aldir Blanc, e Centro Cultural Banco do Brasil.

Antes da abertura oficial da Mostra em Recife, a programação terá um “esquenta” com a oficina presencial e gratuita “Gestos ético-estéticos no cinema a partir da Palestina”, ministrada pela curadora Carol Almeida nos dias 07 e 08 de agosto, na FUNDAJ Derby. Voltada a 20 participantes selecionades por meio de inscrição prévia, a atividade propõe uma introdução aos debates éticos sobre a circulação de imagens em contextos de violência, tendo o cinema palestino como ponto de partida para refletir sobre práticas curatoriais e formas de resistência audiovisual.

Serviço

RECIFE (PE)

FUNDAJ Derby | 13/08 a 17/08/2025
Rua Henrique Dias, 609 - Derby, Recife (PE)
Entrada gratuita. Reserva de ingressos pelo Sympla.
Mais informações: https://cinemadafundacao.com.br/ 

Cine São Luiz | 17/08/2025
Rua da Aurora, 175 - Boa Vista, Recife (PE)
Entrada gratuita por ordem de chegada (sujeita à lotação da sala)
Mais informações: https://www.instagram.com/cinemasaoluizpe 

RIO DE JANEIRO, NITERÓI E DUQUE DE CAXIAS (RJ)

CCBB RJ | 22/08 a 30/08/2025
Rua Primeiro de Março, 66, Centro, Rio de Janeiro (RJ)  
Contato: 21 3808-2020 | ccbbrio@bb.com.br  
Entrada Gratuita
Classificação indicativa: consulte a programação em bb.com.br/cultura
Retirada de ingressos: a partir das 9h do dia de cada sessão pelo site bb.com.br/cultura ou na bilheteria do CCBB

Mais informações em bb.com.br/cultura 

Siga o CCBB nas redes sociais:

facebook.com/ccbb.rj | instagram.com/ccbbrj|tiktok.com/@ccbbcultura

Funcionamento: De quarta a segunda, das 9h às 20h (fecha às terças).

ATENÇÃO Domingos, das 8h às 9h - horário de atendimento exclusivo para visitação de pessoas com deficiências intelectuais e/ou mentais e seus acompanhantes, conforme determinação legal (Lei Municipal nº 6.278/2017).

Cine Arte UFF | 25/08 a 27/08/2025

Rua Miguel de Frias, 9 - Icaraí, Niterói/RJ

Entrada gratuita, retirada de ingressos na bilheteria

Tel: (21) 2629-5576

Mais informações: https://www.instagram.com/centrodeartesuff/ 

FEBF/UERJ - Faculdade de Educação da Baixada Fluminense | 28/08/2025

Rua Gen. Manoel Rabelo, s/n - Vila São Luis, Duque de Caxias

Entrada gratuita por ordem de chegada.

Tel: (21) 3651-8410 e (21) 3651-8278

Mais informações: https://www.instagram.com/febf.oficial/ 

www.cinemaarabefeminino.com 

www.instagram.com/cinema_arabefeminino


PROGRAMAÇÃO

RECIFE | FUNDAJ Derby e Cine São Luiz

13/08 (Quarta-feira) – FUNDAJ Derby
17h30 – RAINHAS (Marrocos, França, 2022, 83’) | 12 anos
19h30 – SUDÃO, LEMBRE DE NÓS (França, 2024, 76’) – Sessão comentada por Soraia de Carvalho | 12 anos

14/08 (Quinta-feira) – FUNDAJ Derby
16h – Sessão educativa (fechada)
18h30 – OS TRÊS DESAPARECIMENTOS DE SOAD HOSNI (Líbano, 2011, 70’) – Sessão com legendagem descritiva | 16 anos
20h – FATMA 75 (Tunísia, 1975, 60’) – Sessão com legendagem descritiva | 12 anos

15/08 (Sexta-feira) – FUNDAJ Derby
18h – Curtas-metragens (58’): AMOR TRANÇADO (Bélgica, 2018, 24’); UM RETRATO DE MICHEL (EUA, Alemanha, 2024, 44’) | 12 anos
19h30 – Sessão Solidariedade Brasil-Árabe: SUA MAJESTADE, O PASSINHO (Brasil, 2022, 22’); SLINGSHOT HIP HOP (Palestina, 2008, 83’) – Sessão comentada por Mannu Costa e William Oliveira | 12 anos

16/08 (Sábado) – FUNDAJ Derby
16h – Curtas-metragens de Rania Stephan (96’): DANOS Para Gaza “A terra das laranjas tristes’ (Ghassan Kanafani) (Líbano, 2009, 2’); Memórias para um detetive (Líbano, 2015, 31’); Trem-Trens 1: Onde está o trilho? (Líbano, 1999, 33’); e Trem-Trens 2: Um Desvio (Líbano, 1999-2017, 30’). | 12 anos
18h – Mesa redonda: conversa com a curadoria (60’) | Livre
19h30 – Sessão Solidariedade Brasil-Árabe: O PROTESTO SILENCIOSO: 1929 JERUSALÉM (Palestina, 2019, 20’); O CANTO DAS MARGARIDAS (Brasil, 2024, 76’) – Sessão comentada por MAPE (Mulheres do Audiovisual de Pernambuco) | Livre

17/08 (Domingo)
FUNDAJ Derby

14h – Curtas-metragens (94’): JÁ MORTOS (Líbano, 2024, 7’); DANÇANDO A PALESTINA (Reino Unido, Palestina, 2024, 37'); NEO NAHDA (Reino Unido, 2023, 12'); A CANÇÃO DA BESTA (França, Reino Unido, 2019, 38') | 16 anos
16h – Q (Líbano, EUA, 2023, 93’) | 16 anos

CINE SÃO LUIZ
18h30 – Sessão de encerramento: UM ESTADO DE DEVOÇÃO (Líbano, Palestina, Jordânia, Reino Unido, Kuwait, 2024, 90’) – Sessão comentada por Carol Almeida | 18 anos

ONLINE (aberta para todo Brasil mediante inscrição prévia)

24/08 (Domingo)
10h – Masterclass: “O caminho para o arquivo” com Rania Stephan (120’) - atividade com tradução simultânea (inglês/português) e intérprete de Libras | 18 anos

RIO DE JANEIRO, NITERÓI E DUQUE DE CAXIAS | CCBB RJ, CINE ARTE UFF E FEBF/UERJ

22/08 (Sexta-feira)
Manhã – Sessão educativa (fechada)
19h – Sessão de abertura: OS TRÊS DESAPARECIMENTOS DE SOAD HOSNI (Líbano, 2011, 70’) (CCBB RJ) | 16 anos

23/08 (Sábado)
13h – Curtas-metragens de Rania Stephan (96’) (CCBB RJ): DANOS PARA GAZA “A TERRA DAS LARANJAS TRISTES (GHASSAN KANAFANI) (Líbano, 2009, 2’); MEMÓRIAS PARA UM DETETIVE (Líbano, 2015, 31’); TREM-TRENS 1: ONDE ESTÁ O TRILHO? (Líbano, 1999, 33’); TREM-TRENS 2: UM DESVIO (Líbano, 1999-2017, 30’) | 12 anos
15h – Curtas-metragens: AMOR TRANÇADO (Bélgica, 2018, 24’); UM RETRATO DE MICHEL (EUA, Alemanha, 2024, 44’) - Sessão comentada por Hadi Bakkour (58’) (CCBB RJ) | 12 anos
17h – NÃO MAIS PREFERIMOS MONTANHAS (Palestina, Holanda, Bélgica, 2023, 95’) – Sessão comentada por Nina Lua (95’) (CCBB RJ) | 14 anos

24/08 (Domingo)
15h – Sessão Solidariedade Brasil-Árabe: HIP HOP COM DENDÊ (Brasil, 2006, 15’); SLINGSHOT HIP HOP (Palestina, 2008, 83’) – Sessão comentada por Edd Wheeler (CCBB RJ) | 12 anos
17h30 – Curtas-metragens (94’) (CCBB RJ) | 16 anos
JÁ MORTOS (Líbano, 2024, 7’); DANÇANDO A PALESTINA (Reino Unido, Palestina, 2024, 37'); NEO NAHDA (Reino Unido, 2023, 12'); A CANÇÃO DA BESTA (França, Reino Unido, 2019, 38')

25/08 (Segunda-feira)
18h45 – Curtas-metragens (71’) (CCBB RJ) | 10 anos
Ismail (Jordânia, Palestina, Reino Unido, Catar, 2013, 28’); Barco de Tolos (Alemanha, Líbano, 2024, 30’); Purê de Batatas (EUA, 2024, 13’).
19h30 – Q (Líbano, EUA, 2023, 93’) – Sessão comentada por Nina Tedesco (Cine Arte UFF) | 16 anos

26/08 (Terça-feira)
Manhã – Sessão educativa (fechada)
19h30 – RAINHAS (Marrocos, França, 2022, 83’) (Cine Arte UFF) | 12 anos

27/08 (Quarta-feira)
18h30 – Curtas-metragens (94’) (CCBB RJ) | 16 anos
JÁ MORTOS (Líbano, 2024, 7’); DANÇANDO A PALESTINA (Reino Unido, Palestina, 2024, 37'); NEO NAHDA (Reino Unido, 2023, 12'); A CANÇÃO DA BESTA (França, Reino Unido, 2019, 38')
19h30 – Mesa redonda: “A Ética da Intimidade”, com Mariana Baltar, Consuelo Lins e mediação de Carol Almeida (Cine Arte UFF) | 14 anos

28/08 (Quinta-feira)
16h30 – RAINHAS (Marrocos, França, 2022, 83’) (CCBB RJ) | 12 anos
18h30 – A CASA DAS AMORAS (Síria, Egito, Reino Unido, EUA, Iêmen, 2013, 65’) (CCBB RJ) | 14 anos
19h30 – SLINGSHOT HIP HOP – Sessão comentada pela Curadoria (FEBF/UERJ) | 12 anos

29/08 (Sexta-feira)
16h30 – Q (Líbano, EUA, 2023, 93’) (CCBB RJ) | 16 anos
18h30 – Sessão Solidariedade Brasil-Árabe: A ENTREVISTA (Brasil, 1964, 20’); FATMA 75 (Tunísia, 1975, 60’) – Sessão comentada por Karla Holanda (CCBB RJ) | 12 anos

30/08 (Sábado)
14h30 – Mesa redonda: Conversa com a curadoria (90’) (CCBB RJ) | Livre
16h30 – Mesa redonda: “Atravessar o horror diante do desejo de vida com o cinema palestino”, com Fernando Resende, Jo Serfaty e mediação de Carol Almeida (90’) (CCBB RJ) | 18 anos
18h30 – Sessão de encerramento: UM ESTADO DE DEVOÇÃO (Líbano, Palestina, Jordânia, Reino Unido, Kuwait, 2024, 90’) – Sessão comentada por Muna Omran (CCBB RJ) | 18 anos

FILMES INTERNACIONAIS

A canção da besta
Beast Type Song

França/Reino Unido, 2019, 38’
Diretora
 Sophia Al-Maria

Esse filme tem como pano de fundo a ficção científica de uma batalha solar, evocada por Etel Adnan em seu poema The Arab Apocalypse. Assim como Adnan usa desenhos e símbolos para comunicar o que não pode ser expresso em palavras, Sophia Al-Maria explora a revisão da história por meio de uma nova linguagem de desenhos, movimento e música que cria uma modulação de sons e imagens contra-hegemônicas. Seus protagonistas refletem sobre as narrativas e línguas que herdaram, e sobre a violência que enfrentam como filhos de legados coloniais. O filme resulta em uma rota de fuga das narrativas dominantes de um passado opressor.

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A Casa das Amoras 
The Mulberry House 

Síria/Egito/Reino Unido/EUA/Iêmen, 2013, 65’
Diretora
 Sara Ishaq

Sara cresceu no Iêmen, filha de pai iemenita e mãe escocesa. Na adolescência, sentiu-se cada vez mais sufocada pelas restrições do ambiente e, aos 17 anos, finalmente decidiu se mudar para a Escócia, onde sua mãe atualmente reside. Seu pai, no entanto, só a aprovaria sob a condição de que ela não abandonasse suas raízes iemenitas — uma promessa que ela fez, mas não conseguiu cumprir.
Dez anos depois, em 2011, Sara retorna ao Iêmen como uma pessoa diferente, preparada para enfrentar o lar de seu passado e se reconectar com suas raízes há muito tempo rompidas. Mas, contra todas as expectativas pessoais, ela retorna e encontra sua família e seu país à beira de uma revolução.

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Amor Trançado
Braided Love

Bélgica, 2018, 24’
Diretora 
Rand Abou Fakher

Trechos de um dia na vida de duas mulheres, mãe e filha, mostram as complicações de um relacionamento construído sobre uma dor que nunca foi enfrentada, mas que agora precisa ser elaborada de alguma forma.

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Barco de Tolos
Ship of Fools

Alemanha/Líbano, 2024, 30’
Diretora
 Alia Haju

Alia e os monstros que a acompanham desde a infância estão familiarizados com as imagens de destruição e ruína que cercam Beirute. Nascer em um contexto de guerra cria certos escudos — mas também deixa para trás vulnerabilidades e mundos interiores particulares. Em um desses mundos, Alia conhece Abu Samra, um homem que treina para se tornar um super-herói a fim de salvar Beirute de seus muitos perigos. Abu Samra carrega seus próprios monstros, mas, de dentro do reino da imaginação, oferece vislumbres de resistência — até mesmo para a própria cineasta, que entra em cena.

Tradução: Parceria com o Olhar de Cinema - Festival Internacional de Curitiba 

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Dançando a Palestina
Dancing Palestine

Reino Unido/ Palestina, 2024, 37’
Diretora 
Lamees Almakkawy

Dançar é relembrar, dançar é rememorar. Enquanto a identidade palestina continua sendo ameaçada de apagamento, palestinos se voltam para a sua dança folclórica, a dabke, como uma homenagem a sua história e cultura, e para afirmar sua existência. Dançando a Palestina é a documentação da corporificação de uma memória coletiva. Assim como se junta as peças da coreografia dabke, juntam-se também suas identidades. A dabke é o testamento do profundo amor dos palestinos pela vida, e dessa forma, é também a necessidade de contribuir para o arquivo da Palestina, para que ele permaneça vivo no presente e nos corpos moventes.

Tradução: Yara Osman 

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DANOS
Para Gaza, “A terra das laranjas tristes” (Ghassan Kanafani)
DAMAGE
For Gaza, “The land of sad oranges” (Ghassan Kanafani)

Líbano, 2009, 2’
Diretora 
Rania Stephan 

Um filme bem pequeno SOBRE violência, COM flamenco, SEM um dançarino, e POR Gaza, “a terra de laranjas tristes”, como diria o escritor palestino Ghassan Kanafani. 

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Fatma 75

Fatma 75

Tunísia, 1975, 60’
Diretora
 Selma Baccar 

Fatma 75 é o primeiro filme de não-ficção realizado por uma mulher tunisiana, censurado até recentemente no seu país de origem. Trata-se de um ensaio feito num contexto de luta pelo direito das mulheres, que revisita o trajeto histórico do estatuto da mulher na Tunísia, de 1930 a 1975, através de Fatma, uma estudante cujo nome alude à designação escolhida pelos colonos para se referirem às mulheres árabes.

Tradução: Jemina Alves em parceria com a Tabla 

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Ismail

Ismail

Jordânia/Palestina/Reino Unido/Catar , 2013, 28’
Diretora Nora Alsharif

Inspirado por um dia na vida do pintor palestino Ismail Shammout, Ismail conta a história comovente de um jovem que luta para sustentar seus pais após a Nakba, leia-se, após a expulsão de várias famílias para um campo de refugiados em 1948, imposição das forças israelenses. Apesar da vida miserável e das condições precárias, ele se apega ao sonho de ir a Roma para aprender pintura. Um dia, depois de vender bolos na estação de trem com seu irmão mais novo, eles entram descuidadamente em um território onde a fronteira entre vida e morte se torna muito frágil.

Tradução: Tulin Al Hashemi 

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já mortos
déjà morts / already dead

Líbano, 2024, 7’
Diretora 
Ghada Sayegh

Primavera de 2020 - durante o isolamento eu tinha o hábito de pegar o carro para uma volta nas adjacências do porto de Beirute. Depois de 4 de agosto, não era mais possível fazer essa rota. Ainda assim, eu a fiz, às vezes ia até lá e ousava filmar, mas não o porto. Apenas um prédio em frente. Hoje, as palavras do primeiro fragmento de uma coleção de poemas The End of the World Has Already Occurred ressurgem nas imagens desse prédio. 

Tradução: Hamza Lamrani 

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Memórias para um detetive
Memories for a private eye 

Líbano, 2015, 31’
Diretora
 Rania Stephan

Ao evocar a linguagem do cinema noir, o filme investiga um arquivo pessoal, colocando em primeiro plano um detetive fictício que ajuda a desvendar memórias profundas e traumáticas.

Tradução: Hadi Bakkour 

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Não Mais Preferimos Montanhas
We No Longer Prefer Mountains

Palestina/Holanda/Bélgica, 2023, 95’
Diretora
 Inas Halabi

Não Mais Preferimos Montanhas começa com uma subida ao Monte Carmelo, onde estão localizadas as cidades Drusas de Dalyet el Carmel e Isfiya, levando o espectador a um mundo de isolamento geográfico e a um local moldado pela coerção e pelo controle. Entrelaçando interações íntimas com membros da comunidade em espaços domésticos compartilhados e ambientes externos, o filme explora como as políticas internas dos drusos foram reconfiguradas e remodeladas desde 1948, ao mesmo tempo em que abre possibilidades para imaginar futuros alternativos.

Tradução: Laura Faria 

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Neo Nahda
Neo Nahda

Reino Unido, 2023, 12’
Diretora
 May Ziadé

Mona, uma jovem em Londres, encontra uma fotografia antiga de uma mulher árabe crossdresser nos anos 20. Em um ponto, entre as suas fantasias e a realidade, ela começa uma intensa  jornada de descoberta de histórias perdidas e de sua própria identidade.

Tradução: Mariana Ramos 

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O protesto silencioso: 1929 Jerusalém 

The silent protest: 1929 Jerusalem 

Palestina, 2019, 20’
Diretora 
Mahasen Nasser-Eldin

No dia 26 de outubro de 1929, aproximadamente 300 mulheres palestinas de todo o país se reuniram em Jerusalém para inaugurar seu movimento feminino. O filme, a partir de uma peregrinação feita pela própria diretora dentro da imagem, faz um escavamento de arquivos para retomar a história de luta dessas mulheres.

Tradução: Higor Gomes 

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Os Três Desaparecimentos de Soad Hosni
The Three Disappearances of Soad Hosni

Líbano, 2011, 70’
Diretora
 Rania Stephan

Os Três Desaparecimentos de Soad Hosni é uma elegia arrebatadora a uma era rica e versátil da produção cinematográfica no Egito, por meio do trabalho de uma de suas atrizes e estrelas mais reverenciadas desse país: Soad Hosni, que, do início dos anos 1960 até os anos 90, incorporou a mulher árabe moderna em sua complexidade e paradoxos.

Tradução: Ester Macedo 

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Purê de Batatas

Mashed Potatoes

EUA, 2024, 13’
Diretora
 Suha Araj 

Enquanto se preparam para um piquenique de Ação de Graças com os amigos, um casal árabe discute sobre os méritos discursivos de um jornalista muito citado após os ataques de 11 de setembro. Surge a questão: que tipos de violências são produzidas quando a retórica do inimigo é introjetada por quem sofre, na pele, a violência colonial?

Suha Araj cria filmes que exploram o deslocamento de comunidades imigrantes. The Cup Reader, exibido no Festival de Cinema de Tribeca e premiado com o prêmio The Next GreatFilmmaker no Festival Internacional de Cinema de Berkshire e no Festival Internacional de Cinema de Bagdá. Ela recebeu o prêmio de 2018 da produção Tribeca/Chanel Through Her Lens por Rosa, que estreou no Blackstar Festival em 2020 e recebeu o prêmio de Melhor Narrativa de Curta-Metragem, o prêmio de Melhor Narrativa de Curta-Metragem Lionsgate/Starz, o prêmio de Melhor Narrativa de Curta-Metragem no Festival de Cinema de Woodstock e foi ao ar na HBO. Ela é beneficiária do Creative Capital de 2021 e da Jerome Foundation de 2022 por seu longa-metragem Khsara e da Warner Media 150 Fellow por seu longa-metragem de comédia/suspense, Bowling Green Massacre. Seu último curta, Purê de Batatas, foi lançado no Festival de Cinema de Woodstock em 2024.

Tradução: Yara Osman 

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Líbano/ EUA, 2023, 93’
Diretora
 Jude Chehab

Onde traçamos a linha entre amor e devoção? Um retrato íntimo e assombroso da busca por amor e aceitação a qualquer custo, Qretrata a influência insidiosa de uma ordem religiosa matriarcal secreta no Líbano sobre três gerações de mulheres da família Chehab. A cineasta Jude Chehab documenta com grande impacto os laços tácitos e as consequências da lealdade que uniram sua mãe, avó e ela mesma à misteriosa organização. Um retrato do preço que décadas de amor não correspondido, perda de esperança, abuso e desespero cobram de uma pessoa, Q é um conto multigeracional da eterna busca por significado. Uma história de amor de um tipo diferente, este documentário retrata as complexidades do poder invisível que entrelaça as vidas daqueles que amam uma mulher cujo coração está nas mãos de outra pessoa.

Tradução: Laura Faria

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Rainhas

Queens

Marrocos/França, 2022, 83' 
Diretora
 Yasmine Benkiran

Casablanca, Marrocos.

Zineb escapa da prisão para salvar a filha da custódia do Estado. Mas as coisas rapidamente se complicam quando ela faz Asma, uma motorista de caminhão, como refém. Com a polícia em seu encalço, as três mulheres embarcam em uma fuga perigosa pela Cordilheira Atlas, suas rochas vermelhas e desertos escaldantes…

Tradução: Hamza Lamrani 

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Slingshot Hip Hop

Slingshot Hip Hop

Palestina, 2008, 83’
Diretora
 J. Reem Salloum

Slingshot Hip Hop documenta o surgimento e a evolução do Hip Hop palestino, unindo as narrativas de jovens artistas resilientes que navegam pela vida em Gaza, na Cisjordânia e na Palestina 48, enquanto eles mergulham no mundo do Hip Hop e aproveitam seu poder como uma ferramenta transformadora, superando as barreiras impostas pela ocupação e pela pobreza.

Tradução: Yara Osman 

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Sudão, Lembre de Nós 

Sudan, Remember Us

França/Tunísia/Catar , 2024, 76’

Diretora Hind Meddeb 

Shajane, Maha, Muzamil, Khatab e a voz do poeta Chaikhoon. Eles estão em seus vinte anos, são politicamente ativos e artisticamente criativos. Este filme é um coro cinematográfico, o retrato coletivo de uma geração que luta pela liberdade com suas palavras, poemas e cânticos. Diante de um exército corrupto e de uma milícia paramilitar responsável por crimes de guerra em Darfur, Cordofão e Nilo Azul, eles poderiam ter desistido antes mesmo de começar. Sem um sonho para os guiar, o poder da imaginação e a força do discurso poético, eles não teriam derrubado o antigo regime. O filme relata a luta desigual que opôs as vozes da revolução ao fogo da milícia.

Tradução: Laura Faria 

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Trem-Trens 1: Onde está o trilho?

Train-Trains 1: Where’s the Track?

Líbano, 1999, 33’ 

Diretora Rania Stephan

Uma jornada poética seguindo o vestígio da antiga linha férrea construída pela França em 1896, que ligava Beirute a Damasco, abandonada hoje em dia; uma visão pessoal do pós-guerra no Líbano.

Tradução: Tulin Al Hashemi 

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-Trens 2: Um Desvio
Train-Trains 2: A bypass

Líbano,1999-2017, 30’
Diretora
 Rania Stephan

Um road movie pelos antigos trilhos ferroviários costeiros, construídos pelos britânicos em 1942, que ligava o Líbano à Palestina ao sul, Síria e Turquia com o norte; uma extensão do Expresso Oriente e as Linhas Egípcias, hoje fora de serviço. Originalmente filmado em 1999 como uma visão pessoal do Líbano pós-guerra civil, o filme foca em moradores que vivem perto de estações abandonadas, dando voz a pessoas muitas vezes ignoradas. Ao incorporar fotos Polaroid em imagens em movimento, o filme também evoca a memória e seus mecanismos, tornando-se, assim, uma interrogação sobre o que aconteceu entre eles, antes e agora.

Tradução: Tulin Al Hashemi 

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Um estado de devoção
A State of Passion

Líbano/Palestina/Jordânia/Reino Unido/Kuwait, 2024, 90’
Diretora
 Carol Mansour e Muna Khalidi 

Após 43 dias terríveis trabalhando 24 horas por dia sob bombardeio constante nas salas de emergência dos hospitais Al Shifa e Al Ahli, em Gaza, o cirurgião reconstrutivo britânico-palestino, Dr. Ghassan Abu-Sittah, emergiu como um rosto da resistência palestina. Com imagens de sua palidez e choque reverberando pelo mundo, ele falou de horrores insondáveis, desde corpos dilacerados a amputações sem anestesia, crianças órfãs sem família sobrevivente e ataques deliberados a médicos e instalações hospitalares.

Esta foi a sexta e mais cruel "guerra" de Ghassan em Gaza. Por que ele faz isso? Onde ele encontra forças para enfrentá-la repetidamente? Como isso afeta sua família? A resposta reside simplesmente na devoção que compartilham esses médicos: a Palestina.

Tradução: Hadi Bakkour 

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Um Retrato de Michel

A Portrait of Michel

EUA/Alemanha, 2024, 44’

Diretora Christine Gedeon

Uma investigação sobre o tio da artista Christine Gedeon, Dr. Michel Saadé, que foi sequestrado em Damasco em 1978 pelo regime de Hafez al-Assad e nunca mais foi visto. Após encontrar uma bolsa pertencente a Michel contendo seus diversos objetos, documentos e pedaços de papel, Gedeon criou este filme, que combina fotografias desses "Objetos de Evidência" com entrevistas em voice-over com familiares, além de fotografias antigas, músicas e filmagens de arquivo da família em 8mm. Gedeon reconstrói sua vida e desaparecimento por meio dessas memórias fragmentadas e documentos encontrados.

Entrelaçado com imagens comoventes em 8mm de momentos familiares alegres na Síria e no Líbano em 1946, o filme justapõe a felicidade do passado ao peso duradouro da perda e da história não resolvida. Reconstruindo um mistério de crime real que cruza com a política contemporânea, Um retrato de Michel reflete a determinação de Gedeon em chegar à verdade, enquanto sua abordagem criativa ao material esparso deixa para que espectador decifre a conclusão.

Tradução: Mariana Ramos

FILMES BRASILEIROS

A Entrevista

The Interview

Brasil, 1964, 20’

Diretora Helena Solberg

A Entrevista, de Helena Solberg, foi filmado em 1964, ano que marcou o início do golpe militar no Brasil. O curta-metragem é o resultado de entrevistas realizadas com várias mulheres entre 19 e 27 anos de idade que são da classe média alta. As entrevistadas falam sobre casamento, sexo, virgindade, fidelidade, felicidade, trabalho e os papéis sociais que são atribuídos ou impostos às mulheres. Por trás destas entrevistas emerge um perfil convencional da mulher brasileira idealizado por questões relacionadas à opressão feminina e à repressão militar vivenciada no país. As lentes de Helena Solberg afirmam a presença da mulher no cinema como protagonista, seja filmando, produzindo ou atuando, sempre de forma autoral. Nesse contexto, A entrevista é um documentário que condensa as aspirações de uma geração e de uma sociedade em contínua transformação.

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Hip Hop com Dendê 

Brasil, 2006, 15’

Diretora Fabíola Aquino e Lilian Machado 

Reflexo do movimento que ganha milhares de adeptos no mundo, o hip hop chega à Bahia e conquista grande parte da sua juventude periférica, que mistura os elementos – grafite, break, rap, DJ, MC e o "pensamento" – com as expressões artísticas locais. Juntos descobrem formas alternativas de se comunicar e falar para os seus, por meio de rádios comunitárias, jornal comunitário, internet e em especial o boca a boca.

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O canto das Margaridas

The singing of Margaridas

Brasil, 2024, 76’

Diretoras Mulheres no Audiovisual Pernambuco (MAPE)

A Marcha das Margaridas, que acontece de quatro em quatro anos na capital do país, é um movimento de luta protagonizado pelas mulheres do campo e da floresta. De ônibus, partimos de Pernambuco com algumas delas em direção ao ato de 2019, realizado durante o primeiro ano de um governo ultraconservador. Nos ecos de importantes máximas feministas, este documentário coletivo e participativo evidencia que a organização política se constrói também a partir dos encontros, amizades, conversas íntimas e manifestações artísticas.

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Your Majesty, the “Passinho”

Brasil, 2022, 22’

Diretoras Carol Correia e Mannu Costa

Entre os morros e as vielas das periferias do Recife ecoam gritos de crianças, música gospel, pontos de orixás e batidas de brega funk. E é no ritmo do "passinho dos malokas" que jovens periféricos estão transformando a cena artística da cidade e fazendo-se conhecidos nas redes e no mundo.  Uma música, uma dança. Uma cultura atravessada por questões sociais, econômicas e de gênero.

 

O projeto tem produção da Caprisciana Produções, Carol Almeida e Partisane Filmes; o apoio institucional da Embaixada da França no Brasil, Centro de Artes da UFF, Cine Arte UFF, UERJ e Faculdade de Educação da Baixada Fluminense; o apoio do Cinema da Fundação, Fundação Joaquim Nabuco, Cinema São Luiz e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco; a parceria do Cineclube Mate com Angu, Festival Olhar de Cinema, Editora Tabla e Fazedora de Site; a promoção da Sinny Comunicação; e a realização do Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, Prefeitura do Recife, Secretaria de Cultura do Recife, Fundação de Cultura da Cidade do Recife, através da Política Nacional Aldir Blanc, e Centro Cultural Banco do Brasil.

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