Dirigido por Antônio Pitanga e estrelado por Camila Pitanga, filme chega aos cinemas em 2 de outubro para recontar um dos episódios mais potentes — e silenciados — da história do Brasil
O cinema brasileiro vive um momento histórico: no dia 2 de outubro, chega às telonas o filme “Malês”, obra épica que revisita, com emoção e contundência, a Revolta dos Malês — o maior levante de africanos escravizados e muçulmanos da história do país. Mais do que uma produção cinematográfica, o longa é um ato de afirmação cultural, um tributo à resistência negra e à memória ancestral.
Sob a direção do renomado Antônio Pitanga, e com a atuação poderosa de Camila Pitanga, o filme representa o coroamento de um projeto gestado ao longo de três décadas. Camila vive Sabina, personagem que dá rosto às mulheres negras que sustentaram a luta contra a opressão, mesmo sem reconhecimento nos livros de história.
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O enredo acompanha dois jovens africanos muçulmanos, separados ao serem trazidos ao Brasil como escravizados, e que se reencontram no calor do levante dos Malês, ocorrido em Salvador em 1835. A obra mistura drama, história e espiritualidade, trazendo para o centro da narrativa personagens negros com dignidade, coragem e complexidade.
Além de Camila e Antônio, o elenco conta com nomes como Rocco Pitanga, Bukassa Kabengele e Samira Carvalho. As filmagens ocorreram em locais emblemáticos da Bahia e do Rio de Janeiro, trazendo uma estética autêntica e carregada de ancestralidade.
A estreia no dia 2 de outubro carrega um forte simbolismo: marca a data em que líderes do levante foram executados pelo Império. Transformar essa data em estreia nacional é um gesto político e poético, que ressignifica o passado com arte e reverência.
O filme já teve uma exibição especial no Palácio da Alvorada, onde Camila Pitanga foi homenageada com a Ordem do Mérito Cultural, reconhecimento por sua trajetória artística e sua contribuição à valorização da cultura afro-brasileira.
Malês chega aos cinemas como um marco. É um filme que não apenas revisita o passado — ele o reescreve com orgulho, beleza e força. Uma obra fundamental para o Brasil se reconhecer em sua pluralidade, e finalmente, fazer justiça à história dos que ousaram sonhar com liberdade.
